A VISÃO MACHADIANA SOBRE O HOMEM CONTEMPORÂNEO ATRAVÉS DE SUAS CRÔNICAS E SUA RELAÇÃO COM A PERSPECTIVA DE FRIEDRICH NIETZSCHE

Resumo

Machado de Assis e Friedrich Nietzsche retratam bem as peculiaridades do íntimo humano, o
pensamento, a postura e as atitudes do ser nas mais variadas circunstâncias, ressaltando a loucura, a
ganância, a hipocrisia, o abandono, e muitas outras atitudes de cunho negativo que podem ser
produzidas pelos indivíduos. Machado de Assis foi um dos críticos mais importantes do séc. XIX. Ao
mesmo tempo em que repudiava a aplicação cega dos preceitos do Realismo e Naturalismo, valorizava
a realidade e dizia: “a realidade é boa, o realismo é que não presta para nada”, escrevendo em “ A nova
geração” em 1879. O escritor presenciou a principal mudança política no Brasil naquela época, a
queda do Império e o nascimento da República brasileira, e diante daquelas tensões e incertezas viu
no homem suas fraquezas e negatividades diante de todo o nacionalismo que trazia o momento,
levando isso para suas crônicas. Nietzsche fora filósofo, crítico cultural, poeta e compositor alemão do
século XIX, vivenciando o mesmo período, mas em um contexto espacial diferenciado, entretanto
lidando e abordando as mesmas características notadas por Machado de Assis no indivíduo
nacionalista que por hora habitava o Brasil. Neste contexto percebemos que estas características
habitam o ser humano desde os primeiros registros históricos e independe de fatores externos. Diante
da problemática nosso projeto aborda a visão machadiana sobre o homem da época, fazendo uma
comparação com o atual homem contemporâneo, através dos conceitos de loucura, ganância, angustia
e ética, tradados nos discursos e ensaios de Friedrich Nietzsche, resgatando a problemática para a
realidade do cotidiano escolar dos estudantes em busca de garantir o desenvolvimento de indivíduos
críticos, éticos e mentalmente saldáveis.