SECA E DOMÍNIO POLÍTICO: UMA ANÁLISE SOCIAL DO NORDESTE NO FINAL DO SÉCULO XIX NA PERSPECTIVA DE RODOLFO TEÓFILO

Autores

  • Suély Cesar de Abreu Cândido
  • Douglas Alexandre Lima
  • Pricylla Maria de Carvalho Guedes
  • Héctor Cândido Oliveira Barreto
  • Dayane Evellin de Sousa Costa

Palavras-chave:

Seca; Domínio Político; Belle Époque; Nordeste.

Resumo

A Seca, fenômeno físico caracterizado pela ausência ou escassez de chuvas tem recorrentes
registros na história do Nordeste, sempre causando consequências devastadoras aos sertanejos,
sobretudo numa região que sofre, também, com a ineficácia de políticas públicas voltadas a minimizar
seus impactos. Assim, compreendemos a seca também como fenômeno político, pois sucessivos são
os governos que não direcionaram esforços para a proteção da população mais pobre dos nossos
estados. Nesse contexto verifica‐se a importância do estudo da vida e obra do farmacêutico Rodolfo
Teófilo, além da produção literária, científica e documental do cotidiano de retirantes acometidos
sobre os flagelos da seca, epidemias e questões sanitárias, entre o final do século XIX ao inicio do
século XX. As fontes estudadas possibilitaram uma análise historiográfica muito ampla acerca tanto
do contexto natural da região quanto de seus aspectos políticos, sociais e econômicos. Buscamos com
este projeto recriar uma nova análise sobre a seca, desconstruindo a arcaica visão de que este
fenômeno trata‐se apenas de um efeito adverso da climatologia, afinal esta manifestação climática
periódica causou uma série de transtornos e danos a uma grande parte da população nordestina nos
últimos séculos, conforme mostra Rodolfo Teófilo em seus ensaios, propondo uma nova reflexão que
na realidade o que acentua as divergências e os efeitos danosos da seca são a falta de políticas públicas
comprometidas em ações que amenizem tais efeitos. Constatamos no decorrer deste projeto, o
notável trabalho que Rodolfo Teófilo realizou em seus ensaios, inúmeros relatos que aliado a gráficos
e tabelas sobre a demografia e índices de precipitação nos possibilitaram um retrato mais apurado do
contexto estudado. Permitindo uma visão sociológica sobre a seca e o domínio político que em fins do
século XIX foi uma marca do Nordeste.

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Publicado

2018-03-15

Edição

Seção

Humanidades