Cidade morta
Resumo
Cidade morta
Quando regressei à minha cidade, lugar onde me criei,
Admirado, disse espantado: “- Cadê o lugar onde morei?”.
Não havia nada novo, tudo havia parado. Que lugar desbotado!
Parece que o tempo não havia passado por ali, parece que havia parado.
Ruas tortas, todas mortas, as mesmas portas, entupiu a aorta.
Quanta tristeza, quanta moleza dos representantes do povo.
A cidade regrediu! Não havia voz, não havia cor,
Amor também não havia. Que dor! Usurpador!
Ninguém critica. Todos têm medo. Que pesadelo!
O inferno na terra. Vem, me deserda!
Meleca. Asco, filho do bagaço! Pula do penhasco!
São tantas as pedras que no caminho surgem
Que espero um dia, que com ousadia
Uma flor surja na rua suja.
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Publicado
2017-12-23
Edição
Seção
Poemas