Cidade morta

Autores

  • Guilherme Moés

Resumo

Cidade morta

 

Quando regressei à minha cidade, lugar onde me criei,

Admirado, disse espantado: “- Cadê o lugar onde morei?”.

Não havia nada novo, tudo havia parado. Que lugar desbotado!

Parece que o tempo não havia passado por ali, parece que havia parado.

 

Ruas tortas, todas mortas, as mesmas portas, entupiu a aorta.

Quanta tristeza, quanta moleza dos representantes do povo.

A cidade regrediu! Não havia voz, não havia cor,

Amor também não havia. Que dor! Usurpador!

 

Ninguém critica. Todos têm medo. Que pesadelo!

O inferno na terra. Vem, me deserda!

Meleca. Asco, filho do bagaço! Pula do penhasco!

 

São tantas as pedras que no caminho surgem

Que espero um dia, que com ousadia

Uma flor surja na rua suja.

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Publicado

2017-12-23